quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Análise_Perguntas

Respostas à procura de perguntas

RIO DE JANEIRO - Nelson Rodrigues imortalizou "a estagiária do calcanhar sujo" como a caricatura da jovem jornalista riponga, esquerdista e ignorante.

Quando uma dessas perguntava a Paulo Francis "como começou a sua carreira?", ele rosnava: "Se depender de mim, a sua acabou agora". E ia embora.

Por que perder seu precioso tempo respondendo o que já foi mil vezes respondido? Por preguiça e incompetência de boa parte dos jornalistas que nossas fábricas de diplomas desovam no mercado?

Como jornalista não-diplomado, nunca fui para uma entrevista sem ler tudo que pudesse sobre o entrevistado. Sem Google. E sempre sabia como começou a carreira dele. Não é justo que artistas importantes deixem de trabalhar para gastar tempo repetindo, ad nauseam, suas biografias de domínio publico.

No lançamento de "Vale tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia", como a imensa popularidade do biografado certamente provocaria muito interesse pelo livro, prometi à editora que daria entrevistas a qualquer jornal, revista ou site, de qualquer tamanho, de qualquer cidade. Tudo por e-mail.

Choveram pedidos, foram mais de 100 entrevistas, todas respondidas e publicadas. Sem perder um minuto do meu tempo. Graças ao Personal Respondeitor Digital!

A idéia surgiu quando dei as primeiras entrevistas para "Veja", "O Globo", "Folha", "Estadão" e "Zero Hora". Respondi abundantemente, eles usaram 20% e acumulei um volumoso "dossiê Tim Maia" em um arquivo que chamei carinhosamente de "banco de dados". Foi com esse material que minha brava assistente Lu respondeu, por email, por supuesto, a todas as outras entrevistas, sampleando e remixando minhas respostas. E todos os repórteres ficaram muito satisfeitos. Ninguém reclamou, ninguém notou nada.

Sem bronca: quem faz as mesmas perguntas merece as mesmas respostas. Se surgia uma pergunta diferente, o que era raro, eu mesmo respondia e acrescentava ao arquivo.

O Personal Respondeitor, apesar de atraente oferta das Organizações Tabajara, não será comercializado. Estaremos disponibilizando free para quem está cansado de responder às mesmas perguntas: seus problemas acabaram.

Fonte: site Sintonia com Nelson Motta

Vídeo_Escrevendo para Revistas

Aula_31 de Outubro


Aula_Unicap Jr_Turma NL2


_História das Revistas
_Escrevendo para Revistas
_Entrega do Manual 2 Revistas - Escrevendo para Revistas
_Definição dos detalhes para o fechamento da Edição da Revista 4 Elementos



Vídeo_Histórias das Revistas

Manual_Revista 7


Revistas – Realidade, um sonho de Imprensa

Existem revistas como Carta Capital, Caros Amigos e Primeira Leitura, que, cada uma a seu estilo, causam reflexões. Mas não chegam a provocar os leitores pós-modernos da mesma forma que o fez Realidade em sua época áurea (1966-1968). Somadas, as respectivas tiragens dessas três revistas atuais citadas - 56.500, 55.000 e 25.000 - atingem apenas cerca da metade dos 250.000 exemplares da primeira edição de "Realidade" (abril de 1966), esgotada em três dias.

A equipe de redação de Realidade soube entender sua época e, apesar da censura imposta pelo regime militar, destacou-se pela sua principal característica, que era a ousadia, a irreverência, permitindo ao leitor conhecer vários ângulos das questões abordadas, incluindo pesquisas de opinião.

Desde seu lançamento até 1968, a revista viveu seu apogeu. Manteve-se no mercado até 1976, mas já não possuía a mesma força após a edição do Ato Institucional nº 5 (AI-5) em dezembro de 1968.

No período de maior tiragem da revista, a contracultura estava em alta. Contra valores como família, casamento, capitalismo. Contra o individualismo do homem pós-moderno, a artificialidade dos produtos expostos em supermercados e a industrialização. Os hippies pregavam a vida em comunidade, o cultivo de produtos orgânicos, valorizando a natureza e ainda difundiam o Artesanato.

Muitas vezes, o texto era redigido em primeira pessoa, destacando a vivência do repórter, tornando-se, assim, parte integrante da história. O fato de experimentar e relatar os próprios sentimentos em relação ao fato leva a uma comparação com o New Journalism, expressão americana para definir um jornalismo que trabalhava com arte, emoção e linguagem jornalística tratada literariamente.

Em uma edição especial de janeiro de 1967, Realidade reportou as transformações na vida da mulher brasileira. Toda a edição foi apreendida por ordem do Juizado de Menores da Guanabara (hoje Rio de Janeiro).

Esta edição tratava da nova condição da mulher na sociedade, abordando temas como virgindade e aborto, trazendo ilustrações do aparelho reprodutor feminino, fotos do momento do parto, histórias de casamentos desfeitos; perfis de pessoas religiosas envolvidas em questões sociais, de uma mãe solteira orgulhosa de sua condição e de Ítala Nandi, que foi símbolo do rompimento dos padrões conservadores, proclamando a independência e a liberdade feminina.

As visões de mundo apresentadas pela revista sempre destacaram fatos importantes que marcavam a história de forma contundente, já que refletiriam em mudanças em todos os espaços geográficos, procurando sempre enfocar as que infligiriam ao Brasil maiores alterações.

O exemplo mais forte da revista: o jornalista José Hamilton Ribeiro foi enviado aos campos de batalha do Vietnã, cuja experiência é nitidamente a radiografia da filosofia de Jornalismo praticada pela revista. Ao longo de 12 páginas o repórter remonta a aventura e o drama que viveu na Guerra e a foto, na capa da revista, revela o momento em que José Hamilton foi socorrido após a explosão de uma mina que causou a amputação de sua perna esquerda.

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Revistas – O Cruzeiro, pioneira no Brasil


Dois movimentos caracterizam a imprensa carioca na década de 1920: o aparecimento de um Jornalismo sensacionalista e o surgimento dos Diários Associados. Espelhando de certa forma o chamado pensamento conservador, os jornais da cidade adquirem características peculiares. Para uns o sensacional é a grande arma de conquista do público. Para outros, a ação política seria fundamental.

Em meio a esses dois movimentos, os Diários Associados lançam aquela que seria a principal revista ilustrada brasileira do século XX :O Cruzeiro

No final dos anos 1920 surge na cena carioca uma revista aberta a novas possibilidades de leitura para este fugaz leitor de notícias. A leitura da imagem ganha destaque na cena do Jornalismo, com a criação deste novo periódico.
As estratégias de publicação moldam práticas de leitura. Cria-se, em conseqüência, novos gêneros de textos e novas fórmulas de publicação. Ao diversificar a forma e o conteúdo dessa imprensa diária ou semanal alarga-se, a rigor, esse auditório fugaz e nem sempre visível. Cada nova publicação cria novas formas de organização e de transmissão dos textos, consolidando uma certa cultura escrita.

A revista surgiu em 10 de novembro de 1928. Cinco dias antes, 4 milhões de folhetos – um número três vezes maior do que o de habitantes da cidade – são atirados do alto dos prédios na cabeça de quem passa na então Avenida Central. Os volantes anunciam o aparecimento de uma revista “contemporânea dos arranha-céus”, uma revista semanal colorida que “tudo sabe, tudo vê”. Os panfletos trazem no verso anúncios que serão veiculados pela nova publicação.

Que tipo de sensação causara na cidade estas estratégias? Teriam elas levado o leitor de 1928 a comprar cinco dias mais tarde a nova publicação que trazia numa capa inundada de cores a figura desenhada de forma hiper-realista de uma mulher? Além da profusão de cores, a capa do número um chama a atenção para o caráter do desenho do rosto de mulher que a ilustra: a figura de uma melindrosa. Unhas cintilantes, sombra nos olhos e boca pintada. Completando a atmosfera, sobre o rosto da melindrosa as cinco estrelas de prata do Cruzeiro do Sul que haviam inspirado o nome da revista. Abaixo do título a complementação: Cruzeiro é uma Revista Semanal Ilustrada.

Com a redação, administração e oficinas funcionando na Rua Buenos Aires, 152, Cruzeiro é dirigida por Carlos Malheiro Dias. Possui agentes em todas as cidades do Brasil e correpondentes em Lisboa, Paris, Roma, Madrid, Londres, Berlim e Nova York. O número avulso custa 1$000 e a assinatura anual em todo o território nacional é de 45$000. No exterior o preço aumenta consideravelmente: 60$000. Ainda neste primeiro número anunciam a tiragem do novo periódico: 50 mil exemplares. (Cruzeiro, n. 1. 10/11/1928)

Quase a metade das 64 páginas da revista está repleta de anúncios. Além de páginas inteiras a cores oferecendo os automóveis Lincoln, as novas vitrolas da GE e filmes da Metro Goldwyn Mayer, há também uma profusão de pequenos anúncios: de produtos de higiene à casas de tecidos, de hotéis à cabelereiros; de fogões a gasolina à restaurantes. Profissionais liberais, como médicos e advogados também anunciam em suas páginas. Remédios e elixires os mais diversos completam a extensa lista.

O texto de apresentação do primeiro número traça inicialmente um paralelo entre o nome da publicação e a história do próprio país. Assim Cruzeiro é, ao mesmo tempo, “fonte de inspiração para os primeiros nomes do país”, “a constelação que guia os navegantes”, “o nome da nova moeda brasileira” e o “símbolo da bandeira”. Dessa forma é, ao mesmo tempo, símbolo cristão e símbolo-síntese da nacionalidade. Por tudo isso“Cruzeiro é um título que inclui nas suas três sílabas um programa de patriotismo”.
O mesmo texto particulariza para o leitor as diferenças básicas, na concepção da época, entre revista e jornal:

“Um jornal pode ser o órgão de um partido, de uma facção, de uma doutrina (…) A cooperação da gravura e do texto concede à revista o privilégio de poder tornar-se obra de arte. A política partidária seria tão incongruente numa revista do modelo de Cruzeiro como num tratado de geometria (…) Uma revista deverá ser, antes de tudo, uma escola de bom gosto”.

A revista construiu-se como testemunha de uma época, reproduzindo, com o apoio sempre da fotografia, momentos que são apresentados como unícos. Constrói-se dessa forma como produtores de uma história futura. E seus dirigentes e jornalistas sabiam desse papel.

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Revistas – Seleções, um fenômeno mundial

A Revista Seleções – Reader’s Digest tem uma história, que vai desde sua criação, após a I Guerra, até a consagração como a revista que circula em mais países no mundo. Enquanto se recuperava de ferimentos sofridos na Guerra Mundial, em 1918, DeWitt Wallace teve a idéia de lançar uma revista que disponibilizasse artigos já publicados, utilizando uma linguagem condensada, sem interferir no conteúdo e no sabor do texto.

Como as grandes editoras da época descartaram o projeto, Wallace resolveu levá-lo adiante e lançou, em fevereiro de 1922, o primeiro número da revista Reader's Digest, posteriormente batizada no Brasil como Seleções. Em 1936 a circulação já atingia 1,8 milhão de exemplares só nos Estados Unidos.

A expansão da revista para outros países começou pela Inglaterra, em 1938. Em dezembro de 1940, era publicada a edição em espanhol, intitulada Selecciones e, em fevereiro de 1942, a Revista Seleções chegou ao Brasil. A primeira edição em português se esgotou rapidamente com 100 mil exemplares vendidos.

No início dos anos 70, a circulação mensal era de aproximadamente meio milhão de exemplares. Entretanto, uma série de fatores levou a empresa a transferir suas atividades para Portugal. A revista brasileira passou ser editada naquele país, porém deu-se continuidade à venda em bancas no Brasil, com uma circulação média de 110 mil exemplares por mês. Isso até o fim de 1995 marca a volta das atividades do grupo no Brasil.

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Revistas – Artigo do Jornalista Roberto Pompeu de Toledo

Se os jornais são basicamente locais, ou regionais, as revistas, no Brasil, como de resto na maior parte do mundo, são nacionais. O boletim da Mc Cann-Erickson registra a existência de 885 títulos de revistas no País.

Na maioria, elas respondem a interesses segmentados - são revistas infantis, femininas, técnicas, etc. Cabe menção, aqui, a duas revistas semanais de informação no formato da americana Time - e, principalmente,Veja, fundada em 1968 e pertencente à Editora Abril, maior empresa editorial do Brasil, é um fenômeno em dois sentidos. Primeiro, no número de leitores.

Com tiragens que beiram o 1,3 milhão de exemplares, ela só perde atualmente, entre suas congêneres no mundo, para as três americanas - Time, Newsweek e US News and World Report. Já ultrapassou a alemã Der Spiegel e as francesas L'Express, Le Point e Le Nouvel Observateur, entre outras. Mas Veja é um fenômeno, também, pelo fato de muitas vezes chegar aos fatos antes dos jornais, noticiar primeiro, dar o "furo".
O papel das revistas, em princípio, é consolidar e sintetizar, ao final de uma semana, o que já foi noticiado ao longo dela pelos jornais. Invertendo essa regra, Veja e, em certa medida, também IstoÉ (fundada em 1976, tiragem em torno dos 500 mil exemplares) muitas vezes têm saído à frente e imposto a pauta que em seguida será trilhada pelos jornais.

Foi assim, entre outros episódios, nos acontecimentos que culminaram com a destituição do presidente Collor. Semana a semana, apareciam em Veja, e quando não em Veja em IstoÉ, as denúncias que acabaram por solapar irremediavelmente a credibilidade do presidente.

A agilidade surpreendente é a boa característica da imprensa semanal de informação do Brasil. Outra é uma capacidade de aprofundamento maior do que os jornais, de forma a apresentar uma história de forma mais abrangente e compreensível. A parte negativa é uma confusão entre opinião e informação maior do que a que se observa nos jornais.
As posições políticas das revistas, as preferências pessoais e idiossincrasias, muitas vezes acabam chegando ao leitor no mesmo tom geral, que se pretende "analítico" e "interpretativo".

A imprensa brasileira é tudo o que se alinhou nos últimos parágrafos - arrogante, carente de profundidade, dada ao emocionalismo e ao sensacionalismo, nem sempre atenta à distinção entre informação e opinião - mas viva a imprensa brasileira. Feitas as contas, somados os prós e diminuídos os contra, ela tem prestado bons serviços ao País.

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Revistas – História no Brasil

As revistas brasileiras também começaram com a mesma dúvida sobre quem teria sido a primeira. Em 1808 saiu o Correio Brazilense ou Armazém Literário. Quatro anos depois surgiu As Variedades ou Ensaios de Literatura. Como ambos tinham aparência de livro, o Correio passou a ser o primeiro jornal, porque alguns historiadores acharam que Variedades obedecia mais a um espírito editorial de revista, e ela virou oficialmente a número um da categoria.

Até 1830, revistas eram um produto caro, de elite, consumido pelas classes mais altas, de formação escolar avançada. O negócio nasceu quando um inglês decidiu fazer uma revista mais barata. Sabe-se que essa primeira revista popular tinha matérias leves de entretenimento, informação variada, era quase um almanaque. Como esse tipo de conteúdo interessava a uma quantidade maior de leitores, e com a ajuda do preço de capa baixo, a revista ganhou circulação e a circulação maior atraiu anunciantes.

Por sua vez, o dinheiro movimentado pelo negócio propiciou o avanço tecnológico, que aperfeiçoou os sistemas de produção e de impressão em massa, o que fez com que as revistas fossem produzidas a preços unitários cada vez menores.

A primeira revista feminina brasileira teve um nome comprido e uma vida curta: nasceu em 1827 e morreu em 1828. O título era O Espelho Diamantino, e o subtítulo dizia: “Periódico de Política, Literatura, Bellas Artes, Theatro e Modas Dedicado às Senhoras Brasileiras”. Vida curta, aliás, foi característica do nascimento de muitas revistas em todo o mundo.

Por incrível que pareça, Assis Chateaubriand já tivera a idéia de lançar uma revista ilustrada muito antes dos norte-americanos e dos europeus: O Cruzeiro é de 1927, mas o jornalismo fotográfico só foi incorporado depois do aparecimento da americana Life. Mais inspirada no modelo francês, Manchete surgiu em 1952.

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Revistas – História no Mundo

Enquanto os jornais sempre foram planejados para atrair o público em geral, as revistas pretendiam divulgar textos específicos. Sua evolução na Europa foi direta – dos folhetos impressos para os panfletos, e destes para os almanaques –, preenchendo a faixa intermediária entre os jornais e os livros. Considera-se que a pioneira tenha sido a publicação alemã de 1663 Erbauliche Monaths-Unterredungen (Discussões Mensais Edificantes). Iniciada por Johann Rist, poeta e teólogo de Hamburgo, ela refletia fortemente suas duas vocações e apareceu irregularmente uma vez por mês durante cinco anos.

Outras revistas de tendência religiosa ou filosófica logo se seguiram, como o Jounal des Scavans, a mais antiga revista francesa, em 1665, e a Philosophical Transactions, da Royal Society de Londres, no mesmo ano. Filosofia, religião e literatura fundiram-se na primeira revista italiana, a Giornale de’Letterati, que se originou em 1668 sob a edição do clérigo e estudioso Francesco Nazzari.

O termo magazine, surge especificamente em 1704, na Inglaterra, com um volume que se parece com livro, mas tem objetivo, público específico, com assuntos aprofundados. O magazine, de fato, é mais aprofundado que os jornais e menos do que os livros. Os títulos da época transitam por várias estéticas.

Já o francês Lê Mercure Galant por exemplo, imprime notas, anedotas e poesia. Receita que a seguir é copiada por muitos. Só em 1731, é quando surge a primeira revista parecida com nosso padrão moderno na Inglaterra, The Gentleman's Magazine. É neste ínterim que o termo magazine se generaliza e passa a ser usado na Inglaterra e França.

Nos Estados Unidos, a marca inicial é o ano de 1741, quando são fundadas a American Magazine e General Magazine. Até o final do século XVIII já haviam 100 títulos. A razão disso, foi o desenvolvimento econômico, a redução do analfabetismo e maior interesse por novas idéias e desejos de divulgá-las.

Aula_28 de Outubro






















Aula_Unicap Jr_Turma NL2

_ História da Revistas

_ Manual História das Revistas
Produção Revista 4 Elementos

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Imprensa É Notícia_10



Abril investirá R$ 200 milhões em internet e tecnologia

A Abril Digital está apostando forte em plataformas digitais. A empresa pretende investir R$ 200 milhões até 2012 em projetos de internet sob um príncipio fundamental: qualidade de informação e segmentação.

A iniciativa é liderada por Victor Civita Neto, mais conhecido como Titi, famoso por ter trazido a MTV para o Brasil. A estratégia de crescimento da companhia está em atacar todas as frentes possíveis como ações em internet e produção de conteúdo para celular. De acordo com o executivo, a Abril não terá um portal, mas uma gama de sites que têm como missão a liderança em seus segmentos. O lançamento do novo site da Abril, do site de blogs, do PinFotos e do Gostei é só o começo. EstratégiasA segmentação tem trazido resultados para a empresa. No ano passado o Ibope/NetRatings apontava a Abril Digital na 20ª posição no ranking de sites mais acessados. Hoje a divisão da empresa já figura na 10ª colocação. Titi ainda garante que se alguns sites que o mercado não sabe que são da Abril fossem anunciados, a empresa estaria em 5ª lugar. O responsável pela divisão digital afirmou, no entanto, que estes sites são independentes e não precisam da marca Abril Digital para sobreviver. Civita Neto afirmou que a empresa planeja se expandir investindo em marcas já conhecidas do grande público, criando outras ou comprando os direitos.As 200 contratações feitas ao longo desse ano foram essenciais para a movimentação da empresa. Profissionais experientes no universo digital, como André Almeida (ex-Disney e ESPN), para a diretoria de Ad Sales; Rodrigo Chinaglia (ex-UOL), para gerenciar o marketing; e Ruy Shiozawa (ex-Telefônica), como CTO (Chief Technology Officer) são alguns dos nomes de peso que chegam para reforçar o time.

De acordo com Titi, além de contratar os melhores da última geração é preciso fazer avaliações periódicas - trimestrais - para que os jovens sintam-se desafiados e tenham ambição. A faixa etária média de contratados fica em torno de 22 anos.O investimento em talentos traz duas consequências interessantes para o responsável pelas ações. Produtos melhores geram audiência, que acabam por tornar-se rentabilidade. O grande diferencial, segundo Titi, da equipe comercial da Abril Digital será a capacidade de entregar ao anunciante exatamente o perfil que ele quer atingir com precisão. Com intenção de criar identidade da marca para o público, a equipe comercial vai começar uma operação de larga escala para apresentar a emmpresa ao mercado publicitário. Para o público em geral ela continuará discreta. Desde 2006, quando 30% das ações do Grupo Abril foram compradas pelo grupo sul-africano Naspers, o endividamento foi diminuído e a empresa conseguiu investir no ramo de internet e não tem medo de errar. Titi afirma que os padrões do mundo digital estão sendo construídos agora.

Imprensa É Notícia_09


Saiba quem são os donos da mídia no Brasil

Com base em mais de 20 anos de pesquisa, o site Donos da Mídia disponibiliza dados sobre o mercado de comunicação do Brasil. Nele, é possível encontrar informações divulgadas tanto pelo Governo quanto por instituições privadas.

A divulgação faz parte de um projeto iniciado pelo jornalistas Daniel Hertz, morto em 2006, e que agora chega a sua terceira fase. De acordo com o coordenador do projeto, James Görgen, a concretização dessa fase só foi possível porque o avanço da tecnologia permitiu que a automatização do banco de dados.

As informações mostram a estrutura das mídias e quem são seus proprietários. Um dos aspectos abordados na pesquisa é o número de veículos controlados por políticos. Outro ponto importante levantado é a questão do controle, direto ou indireto, dos meios de comunicação por um pequeno grupo de empresas.

Segundo Görgen, o decreto lei 236 de 1967 diz que uma entidade não pode controlar diversas emisoras."A questão é que entidade, antigamente, era pessoa física. A entidade virou pessoa jurídica e eles controlam por vários nomes diferentes”, completa ele.

No topo dessa lista, está a Rede Globo que controla 340 veículos através de 35 grupos. Em seguida aparece o SBT, com 205 veículos; a Band, com 172 e a Record, com 163.

Fonte: Redação Adnews, com informações do Comunique-se

Imprensa É Notícia_08

Revista New York leva cinco prêmios de "melhor capa" nos EUA

Nesta segunda-feira (06/10), a American Society of Magazine Editors (ASME) divulgou a lista de vencedores de seu prêmio Best Magazine Cover (Melhor Capa de Revista) de 2008. O resultado aponta a New York como sendo a grande vitoriosa, levando o primeiro lugar em cinco das oito categorias.

A edição que traz como assunto principal o escândalo sexual que envolveu o governador de Nova York, o democrata Eliot Spitzer, ficou com os títulos de "capa do ano", "melhor capa de notícia" e "melhor chamada de capa".

Outras publicações premiadas foram a New York Look e Vanity Fair - empatadas na categoria de melhor capa de moda - e a Texas Monthly, que ficou no quesito "serviços" e "celebridade".

Fonte: Portal Imprensa

Imprensa É Notícia_07

Crise global ameaça jornais gratuitos



Uma crise mundial está afetando a circulação dos jornais gratuitos. Na última semana, executivos de publicações de diversos países se reuniram em Madrid para discutir soluções para recuperar o crescimento do setor.

O especialista em jornais gratuitos da Universidade de Amsterdã Piett Bakker, apresentou dados que confirmam a queda de circulação dos periódicos. Segundo as estatísticas, no mês de setembro na Europa circularam 300 mil exemplares a menos do que em 2007.

Mesmo assim, Bakker disse que os lançamentos asiáticos e sul-americanos elevaram a circulação global em 2%. Hoje existem 230 jornais gratuitos em 50 países.

De acordo com o jornalista Philip Stone do site Follow the Media, a Metro International enfrenta muitas dificuldades atualmente. A empresa que é considerada a maior distribuidora de jornais gratuitos no mundo, registrou um prejuízo de 1,9 milhão no segundo trimestre de 2008 em relação ao lucro de 1 milhão no mesmo período
do ano passado.

Mesmo tendo mais de 20 milhões de leitores em 20 países, a Metro teve que fechar operações deficitárias, como a da Crácia, e vem tentando transferir publicações deficitárias na Filadélfia, Nova York e Boston.

Para tentar conter a crise, a empresa ainda concluiu a venda de 35% de sua subsudiária sueca. Além disso, vendeu 24,5% do metroXpress na Dinamarca para a JP/Politiken em troca do jornal 24 Timer.

Fonte: Redação Adnews

Imprensa É Notícia_06


Abril veicula a maior revista de sua história


A editora Abril veicula no próximo sábado a maior revista de sua história, que já dura mais de 50 anos. O especial Comer & Beber de Veja São Paulo sairá com 464 páginas, das quais 210 são de publicidade.

O feito gerou comemorações no núcleo de Negócios da Veja. O número de páginas é maior do que a edição de Eating & Drinking, maior concorrente no gênero, que saiu com 434 páginas, das quais 200 são de publicidade.

Fonte: Redação Adnews

Imprensa É Notícia_05

Grupo Time lança banca de revistas virtual nos Estados Unidos

O grupo Time Inc. anunciou a inauguração do site Maghound.com, que funcionará como uma banda de revistas virtual. O projeto foi desenvolvido por quatro anos e estréia na versão beta um ano após a divulgação pública de seu lançamento.

Por enquanto, o site só disponibiliza assinaturas e entregas para o leitor que está em território norte-americano e traz uma lista de 243 títulos. Títulos como Men's Health, People e Time são algumas das publicações dispostas no site. As compras podem ser gerenciadas via internet sob o pagamento de US$ 4,95 por três revistas mensais, ou US$ 7,95 por cinco revistas.

O Maghound pagará uma taxa por exemplar vendido aos publishers e, para proteger a identidade dos assinantes contra ofertas de outras revistas, proibirá o marketing.

Redação Adnews

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Aula_17 de Outubro

Aula de Edição_Sala 509_Turma NL2

Produção das Agências de Notícias_Cronograma/Calendário

Produção do Relatório
Entrega das provas e notas
Definição da Cobertura da Revista On-line Quatro Elementos
Entrega de textos_Jornalismo Espetáculo

Seminário de Resultados das Agências Populares de Notícias

Datas de apresentação: Dia 21 (sexta-feira), 25 (terça-feira) e 28 (sexta-feira)

Critérios de Avaliação
Tempo de duração - 15 minutos
Formato: datashow ou filme
Um representante do grupo apresenta os resultados
Avaliação: de Zero a 10 pontos
Banca examinadora com três convidados (a nota é revelada no final das apresentações)

Dia 21 (Sexta-feira)
1- Morro da Conceição
2- Boa Viagem (Setúbal)
3- LGBT
4- Casa Amarela

Dia 25 (terça-feira)
1- Portadores de Deficiência (Projeto Integrar)
2- Imbiribeira (Catadores de Papel do Recife)
3- Várzea
4- Roda de Fogo

Dia 28 (Sexta-feira)
1- Bomba do Hemetério
2- Mangabeira
3- Jardim Piedade (Comunidade da Paz)
4- Espinheiro

Projeto Revista 4 Elementos

Critérios de Avaliação
Pontuação: de zero a 10 pontos
Produção de Textos-Critérios
- Conteúdo informativo
- Organização de Idéias
- Orotgrafia
Prazo de Entrega:
Dia 11 de novembro (terça-feira)
Entrega do esbouço
Dia 14 de novembro (sexta-feira)
Entrega do texto final

Aula_10 de Outubro


Revista On-Line Os Quatro Elementos

Os quatro elementos (Terra, Ar, Água e Fogo) são divididos em dois grupos. O Fogo e o Ar são considerados ativos e a Água e a Terra passivos. Essa divisão se assemelha aos dois grupos da filosofia chinesa: yin representa Água e Terra e yang o Fogo e o Ar.
Os signos da Água e da Terra são mais introspectivos, cautelosos e ponderados. Já os signos do Fogo e do Ar não têm tantas reservas e se expressam socialmente com menor precaução. Os elementos também foram divididos nas qualidades quente, seco, úmido e frio, a incorporação de uma teoria grega muito antiga, que posteriormente deu origem aos quatro temperamentos da medicina antiga: colérico (quente e seco), sanguíneo (quente e úmido), melancólico (frio e seco) e fleumático (frio e úmido). Quente e Frio dizem respeito à quantidade de energia: alta ou baixa, respectivamente. Seco e Úmido falam da capacidade, talento ou interesse maior ou menor em criar ou desfazer conexões.

O Elemento FOGO Qualidades: Quente e Seca Energia alta, rápida e grande talento para desfazer conexões. Não há quem não saiba o quanto o Fogo é de extrema necessidade para o homem. Aquece seu alimento, sua casa e oferece conforto. Porém é também um elemento perigoso se estiver fora do nosso controle, podendo causar danos irreparáveis. Em outras palavras, o elemento Fogo na astrologia representa a força do espírito. É o desejo da vida, a vontade de ser. Para os signos de Áries, Leão e Sagitário isto significa pressa, impaciência, ação individual, esperança, confiança em si próprio, paixões, desejo de vencer e honestidade. Os signos de Ar abanam as chamas do Fogo, fornecendo-lhes novas idéias, o que torna esses dois elementos compatíveis.

O Elemento TERRAQualidades: Fria e Seca Energia concentrada, lenta e grande talento para desfazer conexões. Touro, Virgem e Capricórnio compõem o elemento Terra. São signos providos de muita paciência e auto-disciplina, capazes de alcançar seus ideais com muita persistência. Esses signos tendem a confiar mais no raciocínio prático do que nas inspirações. Os signos deste elemento podem ser bastante cautelosos e convencionais, fazendo-os duvidar das pessoas com mente ágil. Suas principais características são: aplicação, concentração mental, esforço e espírito conservador. Acima de tudo, esses signos devem se preocupar mais em observar o mundo invisível, o mundo que não possui a forma concreta da Terra.
O Elemento ARQualidades: Quente e Úmida Energia alta, rápida e grande talento para estabelecer conexões. Todos os seres terrestres estão conectados, pois todos respiramos o mesmo ar. Isso faz com que esse elemento se torne coletivo. Pessoas com o signo de Gêmeos, Libra e Aquário compõem o elemento da mente, geralmente se adaptam com facilidade e são muito curiosos. Enquanto os signos de Fogo desejam algo, os de Ar idealizam as coisas imateriais. Possuem uma maneira impulsiva de agir, sentimentos artísticos, preferência pelas mudanças objetivas e tendem à distração. Esse indivíduo pode caminhar na neblina, sem saber como aplicar suas energias, ou pode ter sua mente tão clara como o ar antártico.

O Elemento ÁGUA Qualidades: Fria e Úmida Energia concentrada, lenta e grande talento para estabelecer conexões.Assim como a Terra, o corpo humano é composto 70% de Água, o que nos leva a crer na importância vital deste elemento. Também é conhecida como solvente universal, ou seja, é capaz de dissolver mais substâncias que qualquer outro líquido conhecido por nós. Na astrologia, a Água pode ser simbolizada pela alma ou a emoção. Câncer, Escorpião e Peixes levam consigo as características deste elemento, o que significa sua sensibilidade e vulnerabilidade tão marcantes. Por isso, se não controlam suas reações emocionais acabam passando por freqüentes instabilidades interiores.

OS ELEMENTOS NA MAGIA
O Sol, Elemento ativo - masculino, aparece nas magias desde a antiguidade, é fonte de toda energia e vida humana. Sua função é promover nossa auto- consciência, auto-expressão, através da criatividade. Símbolo da alegria, vitalidade, nobreza, beleza, sorte, iluminação,vontade, dignidade, orgulho.
A Lua, Elemento passivo - feminino, possui uma energia que atua em cada uma de suas fases de forma diferente. A Lua é quase sempre ligada a fertilidade e abundância. Regularizadora das nossas funções psíquicas, através da memória e do esquecimento. Símbolo do equilíbrio emocional.

O Mel, dá força aos assuntos ligados aos sentimentos. É o símbolo da docilidade da bondade e do amor. Se estiver inimizado com alguém, escreva o nome da pessoa em um papel, coloque num prato virgem, derrame mel sobre o papel. Acenda uma vela em cima do papel, ofereça para o anjo da guarda dela e aguarde que a reconciliação virá.
O Sal Grosso, tem a propriedade de afastar quebranto e mau olhado, utilize um punhado para banho. Sua força vem das águas do mar, por isso purifica e protege.
A Água, símbolo da renovação, recomeço e de uma nova vida. Este elemento aparece sempre nas magias por eliminar os flúidos negativos. Quando usada água benta de igreja o efeito é muito melhor, porque o padre está investido do poder divino.
As Ervas, aparecem nas magias geralmente em conjunto com a água, nos chamados banhos de cheiro e descarrego. Representam uma forma de contato do ser humano com o elemento terra. As mais comuns são: "Arruda, Guiné, Alecrim, Benjoim, Alfazema, Espada de São Jorge."
Carlos Roberto ( Amon Sol )
Quatro Elementos

Água
-Natação Terapéutica - Maria Eugênia
- Importância da água na constituição do corpo humano- Thaise

- Propriedades terapêuticas da água - Isabel

- Afogamentos e Enchentes: Água como causa de mortes- Amanda Sena
- Água Benta: simbolismo católico - Romero

- Batismo: símbolo de purificação do Cristianismo (destaca a polêmica entre o Batismo por Aspersão, comum na Igreja Católica e na Presbiteriana, e o Batismo por Imersão, feito na maioria das Igrejas Evangélicas) - Hellyda
- Água Fluidificada: simbolismo espírita - Grace
- Despoluição dos Rios - Manuela Varejão
- Salva vidas das praias - José Edson
- Religiões Afro-Brasileiras: Orixás da Água (Oxum, Iemanjá, Nanã) - Leonardo
- O Mareante (8824.0881 – Adriano Artoni)
- Esportes aquáticos (vela, remo, natação, nado sincronizado, salto ornamental) - Thaila

-Invasão do Mar (lioral pernambucano) - Sarah

-Leitura das folhas do Chá - Maria Eduarda

-Navegação Porto Suape - Monalisa

-Mangues do Recife - Laura Galindo


Terra
- Cinturão verde do Recife - Ana Claudia
- Explosão imobiliária - Renan
- Morros do Recife
- Aterros Sanitários - Andreia
- Cemitérios (Santo Amaro) - Aline
- Movimento dos Sem Teto
- Conjunto Ignes Andreazza
- Resquícios de Mata Atlântica

- Horto Florestal
-Minérios do Recife

-Movimentos de Ocupação de Terras Urbanas (Movimento dos Sem-Teto, Favelados) - Fabiano

Palafitas (Mocambos do Recife) - Diana

- Hoto de Dois Irmãos - Cintia Ramos

- Alimentos Orgânicos - Thamillys

- Pontos Verdes do Recife (Parques) - Monica



Fogo

- O Corpo de Bombeiros (cotidiano- incêndios) - Kaká
- Unidades de queimados dos Recife (HR, São Marcos)
- Hare-Krishna (religiões que utilizam o fogo) - Maria Isabel
- Uso dos Incensos - Carol Prestello
- A fábrica de fogos Pernambuco Factory
- Comércio de fogos de artifício
- Crematórios x Cultura - Talita
- O Fogo na Gastronomia - Katterine

-O Fogo que Mata

Malabarismo (sinais de trânsito/Crico) - Ladyslau


Ar
- Aeroclube (para-quedistas, pilotos) - Vanessa
- Trabalhadores da Altura
- Moradores em lugares altos
- Aeroporto - Hugo
- Controle do Espaço Aéreo (II Comar)
- Esportes que desafiam o ar (atletismo, balonismo, asa delta, rapel) - Ana Elisa

- Energia Eólica - Barbara

- Poluição Ambiental - Nivaldo

- Meteorologia (Tempo)

- Acrobacia aerea - Jessica Mota

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Jornalista_Negócios

























Negócios

O repórter virou notícia Por que mais e mais jornalistas assumem posições de comando em grandes corporações brasileiras e multinacionais

AS CADEIRAS DE PRESIDENTES E DIRETORES de primeiro escalão sempre foram ocupadas por economistas, administradores e engenheiros. Com facilidade de lidar com números e dotados de raciocínio lógico, esses profissionais atendiam às necessidades de empresas “quadradinhas”, com organogramas bem definidos e pouco expostas à competição. Nos últimos anos, o cenário mudou: a concorrência tornou-se mais aguda e assuntos como sustentabilidade e inovação ganharam espaço na agenda dos manda-chuvas do mundo corporativo. Economistas, administradores e engenheiros se adaptaram, mas o novo ambiente abriu as portas para profissionais de outras áreas, sobretudo aqueles com visão mais generalista. Por isso, executivos com diploma de jornalismo começaram a pipocar aqui e ali nas grandes corporações brasileiras. “Os jornalistas, pela natureza de seu trabalho, lidam com muitas variáveis ao mesmo tempo”, diz o headhunter Francisco Ramirez, da ARC Recruiting. “E hoje esse tipo de habilidade é fundamental no universo corporativo, que muda constantemente.” Essa característica foi decisiva na escolha do local da fábrica da Volkswagen Caminhões em 1995, quando Miguel Jorge, hoje ministro do Desenvolvimento, era um dos principais dirigentes da montadora. Os nomes de duas cidades estavam na mesa do presidente da empresa, o belga Pierre-Alain De Smedt: Resende, no Rio de Janeiro, e São José dos Pinhais, no Paraná. “Seria uma escolha meramente técnica, mas fiz uma ponderação”, recorda Jorge. A imagem do Rio de Janeiro estava muito prejudicava dentro e fora do País, sobretudo devido à chacina da Candelária, quando um grupo de crianças foi executado por policiais em frente a uma igreja no centro da cidade. “Se escolhêssemos Resende, daríamos um sinal de confiança no País e solidariedade à cidade, que é o principal cartão-postal do Brasil”, diz. A idéia encantou Smedt e Resende venceu.
























Essa capacidade de “juntar acontecimentos”, como diz Jorge, e com eles desenhar o cenário para os meses seguintes tem colocado jornalistas na mira de headhunters e empresários. “Hoje, há um bombardeio de informações, vindas das mais variadas fontes”, afirma Ramirez. “Se o executivo não estiver antenado, pode tomar decisões erradas.” Economista de formação e jornalista de vivência, José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, utiliza até hoje a experiência adquirida como repórter, chefe de reportagem e editor de assuntos internacionais da Tribuna da Bahia. “Nessa trajetória adquiri a capacidade de articular as idéias e comunicá- las rapidamente, o que é importante para um executivo”, conta ele. Outra “lição” extraída daqueles tempos foi como se comportar diante dos antigos colegas. “Em momentos de tensão, uma entrevista coletiva é um risco, devido à pressão dos jornalistas”, afirma Gabrielli. “Se você não tiver autocontrole e imaginar as conseqüências de suas palavras, vai cometer deslizes.”

Gabrielli sabe que jornalistas vivem sob o império da pressão, seja na caça por notícias, seja nos estreitos prazos para a conclusão de seu trabalho. É uma tensão forte para quem trabalha em redação, mas pode ajudar quando se coloca o chapéu de executivo. “Aprendi a controlar mais as emoções e me manter tranqüilo mesmo nos momentos de crise”, afirma Antonio Brito, vice-presidente da Claro. Brito deixou a carreira de repórter da Rede Globo para se tornar porta-voz de Tancredo Neves, recém-eleito para a Presidência da República em 1984. Neves morreu antes de assumir e Brito iniciou uma trajetória política que atingiu seu auge quando se elegeu governador gaúcho. A carreira corporativa teve início na Azaléia, fabricante de calçados. “Assumi a presidência logo após a morte de Nestor de Paula, o fundador, homem muito querido internamente”, recorda ele.“Tinha que me comunicar com 18 mil funcionários. Minha formação jornalística ajudou-me a identificar a linguagem adequada para cada público.” Brito tinha traquejo, já que, em boa parte de sua carreira, viveu situações de grande exposição. Num mundo em que um celular pode servir como câmara de tevê, qualquer executivo precisa estar preparado para lidar com situações dessas. O presidente do Google, Alexandre Hohagen, passou por um duro teste meses atrás. Jornalista, ele se viu na mira de câmeras e microfones ao sair do Congresso, onde depôs sobre o uso do Orkut por pedófilos, caso que lançou a empresa na berlinda no Brasil. “Naqueles momentos, coloquei em prática as recomendações que fazia aos executivos em meus tempos de assessor de imprensa”, diz Hohagen. Olhos voltados para o interlocutor, frase curtas e completas, firmeza na voz, equilíbrio diante de perguntas capciosas – Hohagen utilizou os mandamentos da boa comunicação. “Internamente também usei-os para transmitir que não haveria ruptura na trajetória da empresa”, diz ele. “Se não acreditasse na comunicação, não teria me saído bem da crise.”

























Muitas vezes, a herança dos tempos de jornalismo se manifesta na formação da personalidade e não no aparato técnico oferecido pela profissão. Durante cinco anos, no início da década de 60, Alcides Amaral, ex-presidente do Citibank no Brasil, trabalhou nos Diários Associados, do lendário Assis Chateaubriand. Diversas vezes, Amaral foi à casa do patrão e observou a romaria de “políticos e poderosos se submetendo aos caprichos de Chatô.” “Ali percebi que não há diferença entre as pessoas e isso me trouxe auto-estima e também humildade mesmo nos períodos de mais prestígio de minha carreira”, conta. Amaral também foi testemunha da força de vontade de Chatô em continuar escrevendo mesmo depois de um derrame praticamente deixá-lo paralítico. “Com ajuda de uma máquina de escrever especial, ele continuava a redigir seus editoriais”, conta Amaral. “Percebi que não há limites para a determinação de alguém.”


Fonte: IstoÉ