quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Critérios e Roteiro de Apresentação 2GQ

Aula de Edição_Turma NL2

Produção das Agências de Notícias_Cronograma/Calendário

Seminário de Resultados das Agências Populares de Notícias







Datas de apresentação: Dia 21 (sexta-feira), 25 (terça-feira) e 28 (sexta-feira)

Critérios de Avaliação
Tempo de duração - 15 minutos
Formato: datashow ou filme
Um representante do grupo apresenta os resultados
Avaliação: de zero a cinco pontos
Banca examinadora com três convidados (a nota é revelada no final das apresentações)

Dia 21 (Sexta-feira)
1- Morro da Conceição
2- Boa Viagem (Setúbal)
3- LGBT
4- Casa Amarela

Dia 25 (terça-feira)
1- Portadores de Deficiência (Projeto Integrar)
2- Imbiribeira (Catadores de Papel do Recife)
3- Várzea
4- Roda de Fogo

Dia 28 (Sexta-feira)
1- Bomba do Hemetério
2- Mangabeira
3- Jardim Piedade (Comunidade da Paz)
4- Espinheiro

Projeto Revista 4 Elementos







Critérios de Avaliação
Pontuação: de zero a 10 pontos
Produção de Textos-Critérios
- Conteúdo informativo
- Organização de Idéias
- Orotografia
Prazo de Entrega:
Dia 18 de novembro - Entrega do esboço da matéria (terça-feira)
Dia 21 de novembro (sexta-feira)
Entrega do texto final

JC Online_Sala 304



Nesta sexta (14), o diretor de mídia do JC OnLine, Gustavo Teodósio e a jornalista Inês Calado vão estar na aula de Edição, falando sobre o projeto multimídia do portal pernambucano e a aventura de editar para internet.

Local: Bloco A - Sala 304
Horário: 20h15

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Amílcar de Castro



O escultor mineiro Amílcar de Castro (1920-2002) escreveu sua história no Jornalismo Brasileiro ao trazer novas e ousadas formas gráficas aos jornais. A partir de 2 de junho de 1959, Castro passou a adotar, no Jornal do Brasil, formas concretistas de paginação, com exploração dos espaços em branco. Essa forma foi testada progressivamente nos anos seguintes.
Entre outras novidades, o artista trabalhou o contraste da composição de textos organizados na vertical e na horizontal, eliminou “gorduras ornamentais”, como fios, espaçou a distância entre as colunas, adotou títulos em minúsculas, padronizou as fontes tipográficas e as laudas (30 linhas, 72 toques) e promoveu ousadias, como uma página sair completamente branca e ter apenas um pequeno poema.

JB antes e depois de Amílcar de Castro



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História dos Conflitos entre Textos e Design

Estudos afirmam que a Pedagogia do Design baseado na interpretação sugere que a percepção é filtrada pela cultura, ou seja que a recepção de uma mensagem varia por tempo e espaço e que as convenções, como formato, estilo, simbolismo, etc; não seriam universais. Ao desenhar, um diagramador estará comunicando algo que pode ser decifrado ou absorvido inconscientemente.

O principal efeito dessa ideologia da percepção exclusiva é uma segregação entre visão e linguagem. É a outra face dos jornalistas “de texto” com as concessões dadas aos departamentos de Arte e Projeto Gráfico.

A história da informação impressa pode ser contada por seus conflitos com a página. Quando o Jornalismo Político-Literário dominava a cena, o impacto visual de uma página era muito diferente . Boletins com poucas páginas forçaram séculos de letras minúsculas para sustentar textos e reduzidos assuntos por página. Os textos eram organizados como se fossem livros e sem títulos ou divisões.

No Brasil, um argentino chamado Guevara chegou em 1941 e trouxe uma nova forma de distribuir informações e paginar jornais. Ao trabalhar no jornal Meio Dia, profissionalizou a operação e a estética predominou sobre a funcionalidade dos recursos. Só tempos depois a lauda padronizada iria se impor como padrão industrial de toda a imprensa.

Algumas iniciativas de enfatizar o visual sobrepuseram a imagem sobre a informação. Quanto mais jovem o público-alvo, maior a prevalência da percepção sobre a informação. Isso acarreta em páginas informativas e publicitárias muito parecidas. Atualmente, a evolução tem sido por estruturas narrativas breves e simples, mais coloridas, com mais imagens e algum ingrediente interativo. Acima de tudo, com muito menos texto. Muitas vezes, se corta texto sem qualquer critério. Uma parceria sem conflitos entre projetistas gráficos e jornalistas de texto é o ideal para qualquer trabalho de edição.

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Mapa da Zona Ótica

Alguns mitos jornalísticos foram derrubados por uma pesquisa feita pelo Instituto Poynter, nos Estados Unidos. Trata-se do Estudo Eyetrack em que voluntários colocaram um equipamento especial capaz de detectar o movimento dos olhos à medida em que realizam leituras. A primeira pesquisa, em 1999, foi para os jornais e a segunda pesquisa, em 2000, analisou o comportamento em relação à Internet




















O











Eyetrack Reserach parte de uma pesquisa mais ampla da Universidade de Stanford e desmistificou certezas do design das páginas:
• Que a página ímpar é mais lida do que a par;
• Que o título e a foto maior devem vir no alto da página;
• Que a direção do olhar na página é espiral, de cima para baixo

A pesquisa dinamitou o “mapa da zona ótica”, expediente usual de orientação em projetos gráficos, um roteiro por onde os olhos do leitor tendem a passar de forma espontânea. O estudo, no entanto, mostrou que o olho do leitor vai para onde o diagramador determinar. Ainda que uma matéria menos relevante (e com letras menores) esteja no alto da página e a matéria mais relevante (com letras “garrafais”) esteja na parte de baixo da página, o olho vai de imediato onde a letra estiver mais chamativa.
Ainda de acordo com o estudo, se as páginas pares estiverem mais chamativas do que as ímpares, o olho vai direto para elas e elementos de imagem chamam a atenção, não importa em que página estejam. Traduzindo: a percepção é dirigida pelo emissor da mensagem.

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A Leitura do Olhar

A composição visual de uma página acabou inserindo certas “verdades absolutas”, com uma propriedade consistente:

- Simplicidade = Eliminar o supérfluo. Quanto mais itens, maior o esforço visual. Quanto mais focos de atenção, mais difícil a captação de conteúdo. Quanto menos variedade de tipos, melhor identificação tem o veículo.

- Unidade = Cada elemento é subordinado ao Motivo Principal.

- Harmonia = Trata-se da unidade sem violação, com correspondência de partes e proporção.

- Proporção = A forma se torna mais interessante se o comprimento for a metade da largura. Se o espaço for dividido por três, um é dominante e os outros se relacionam entre si.

- Equilíbrio = Ordena e une harmonicamente as unidades da composição, podendo lançar mão de dois métodos: Balança Ordinária e Balança Romana

- Tipologia = Letras serifadas (como se fossem “pezinhos” em letras tipo a Times New Roman) para textos corridos e letras sem serifa (tipo Arial) para os títulos.

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Informação a Olho nu

Quem trabalha com Design Gráfico sabe que o fechamento de uma página e o planejamento visual emite informações sobre o material e a identidade de quem distribuiu os espaços de tal maneira. Nada é por acaso. Títulos, fotos, matérias, tudo tem sua autonomia e o conjunto também emite uma mensagem. Vejamos a primeira página da Folha de São Paulo de 04 de dezembro de 2003:

• Número 1) Foto do Confronto entre PMs e Ruralistas no Rio Grande do Sul. Os ruralistas tentavam impedir uma marcha do Movimento dos Sem-Terra

• Número 3) Foto de uma vidraça com um buraco de bala; trata-se de um posto da PM Paulista, que fora invadido pelo PCC

• Número 4) Foto de um confronto no futebol. O São Paulo e o River Plate entram em confronto durante partida na Copa Sul-Americana

• Número 2) Manchete Governo cede e já negocia prorrogar a guerra fiscal

• Número 5) Chamada Lula pede a árabes que invistam no Brasil

• Número 6) Chamada Ex-Chefes do BC são acusados de improbidade

• Número 7) Chamada Juiz afastado é réu em novo processo por corrupção

• Número 8) Chamada Inflação em 12 meses cai para 10%

Quem lê profundamente a primeira página, acaba concordando com o direcionamento editorial do Jornal, que mantém vigilância sobre o Governo Federal: um governo “fraco” (número 2), que depende da ajuda do estrangeiro (número 5) enquanto o País vive um caos (número1, 3 e 4) e seus funcionários são acusados de irregularidades (número 6 e 7). E que a inflação cai apenas em locais onde a oposição governa (número 8). Essa análise foi do livro Guia para a Edição Jornalística.

Agora você observe a ilustração abaixo e tire suas conclusões: