quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Edição_Manual2_02

Rotinas Produtivas

O que vai virar notícia, geralmente, é influenciado por três níveis de trabalho: o do jornalista, o da organização e o da comunidade profissional. Tudo isso, claro, seguindo valores subjetivos, como o caráter do jornalista, a produção empresarial e os valores que sustentam a categoria profissional. O jornalista precisa, ainda, lidar com dois fatores em seu trabalho: a milimetragem do espaço e o tempo (leia-se deadline).

O que vira notícia segue obrigatoriamente três critérios: a territorialidade geográfica (as regiões mais importantes do país e do mundo têm mais espaço do que comunidades periféricas); a especialização temática (divisão em editorias, uniformizando a vida social) e a especialização organizacional (sucursais, correspondentes, agências de notícias, que selecionam e determinam o que é notícia ou não, de acordo com os critérios anteriormente citados)
A questão do tempo é fator primordial, pois a partir do momento em que a edição da terça-feira está pronta, já se pensa na edição de quarta-feira. Isso leva ao planejamento de dois tipos de cobertura: as coberturas de rotina e as coberturas de fatos inesperados.

A necessidade de lutar contra o tempo levou as empresas jornalísticas a consolidar formas de controle sobre a imprevisibilidade dos acontecimentos numa nova tentativa de fixar aquilo que está em movimento contínuo. Isso se concretiza em uma série de procedimentos editoriais usados para o planejamento de coberturas.

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