quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Edição_Manual2_04

A cobertura do Inesperado

Um acidente aéreo, a rebelião em uma penitenciária, a explosão de um prédio, um atentado, ou seja, fatos não-programáveis, imprevisíveis, coisa que nenhuma reunião de pauta seria capaz de prever. São fatos repentinos, mas que não justificam a falta de planejamento em uma cobertura. Jornalistas experientes até mesmo em cobertura de guerras mostram alguns cuidados que o profissional deve ter assim que explode um fato inesperado:

1. Resposta imediata - Partir para o local do fato assim que souber dele;
2. Agenda Interna – Contatos telefônicos dos setores da empresa jornalística
3. Caminho das Pedras – Saber a quem recorrer para fazer a cobertura, para obter dinheiro de emergência, passagens, transporte local, etc.
4. Disponibilidade de meios – Tanto de transporte como de comunicação
5. Agenda Externa – Contatos telefônicos de fontes (especialistas, instituições, autoridades do setor). Caso não seja da sua área habitual de cobertura, saber como localizar na redação tal agenda de números úteis.
6. Respaldo Operacional – Apoio interno para a cobertura: chefia para decisões de última hora, arquivo, links externos e plantonista para manter repórter de campo informado dos dados que chegam à Redação.
7. Remessa de material – Ter disponível motoqueiro, esquema de satélite ou de internet para o envio de imagens/textos à redação.

Justamente nas situações inesperadas que muitas vezes se revela a qualidade ética e técnica dos profissionais envolvidos na cobertura jornalística. A pressão para não perder algo se mistura ao desnorteamento natural diante de um episódio confuso, o que pode levar a coberturas trôpegas e insensíveis.

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